Viajar aos Estados Unidos é o sonho de muitos brasileiros — seja para passear, descansar, visitar parentes ou até passar uma temporada de sabático. Mas ficar por mais de 30 dias no país como turista exige planejamento extra, atenção às regras e, mais recentemente, o cumprimento de novas obrigações migratórias.
A seguir, veja o passo a passo para uma estadia tranquila e segura, evitando erros comuns que podem prejudicar seu histórico de entrada nos EUA.
1. Tenha um visto B1/B2 válido e atualizado
O visto de turismo (B2) e negócios (B1) permite entrar nos EUA para atividades não remuneradas. Verifique:
– Se o visto está dentro da validade
– Se o passaporte está em boas condições
– Se você possui o DS-160, comprovantes de aprovação ou vistos antigos (ajuda a mostrar seu histórico)
2. Leve documentos de suporte para a imigração
Na chegada aos EUA, a imigração pode pedir que você comprove:
– Passagem de volta definida
– Reserva de hospedagem ou carta-convite
– Vínculo com o Brasil (emprego, imóvel, matrícula escolar, familiares)
– Comprovantes financeiros: dinheiro em espécie, cartões internacionais, extrato bancário
Evite mencionar trabalho remoto, estudo formal ou intenções de permanência prolongada.
3. Atenção ao tempo de estadia autorizado
O visto B1/B2 permite até 180 dias por entrada, mas esse tempo é determinado pelo oficial de imigração no aeroporto. Mesmo que você pretenda ficar 45 ou 60 dias, esteja preparado para comprovar que pode se sustentar durante esse período.
4. Ficar mais de 30 dias? Entenda o novo registro obrigatório
Desde 2025, o governo dos EUA voltou a aplicar uma regra antiga (Lei de Imigração e Nacionalidade – INA, Seção 262):
estrangeiros que permanecerem mais de 30 dias no país devem se registrar junto às autoridades migratórias.
Quando é obrigatório?
– Se você não foi registrado formalmente ao tirar o visto (como em renovações sem entrevista)
– Se entrou em períodos de exceção (ex: durante a pandemia)
– Se é menor de 14 anos (os pais devem providenciar o registro)
– Se você ficará mais de 30 dias consecutivos nos EUA — mesmo como turista
Como fazer?
– Preencher o formulário de extravio ou o G-325R, disponível via USCIS
– Ou realizar o registro diretamente no consulado dos EUA
Por que isso importa?
Esse registro serve como prova de boa-fé e proteção legal para futuras solicitações de visto ou mudança de status. A ausência dele pode causar problemas em futuros processos migratórios.
Recomendação prática:
Para evitar dúvidas, é recomendável:
Consultar o I-94 online: i94.cbp.dhs.gov Se não houver registro claro ou dúvidas persistirem, preencher voluntariamente o G-325 ou fazer o registro no consulado (especialmente se a estadia exceder 30 dias)
5. Contrate um seguro viagem robusto
Ficar doente nos EUA pode custar caro. Um seguro completo deve incluir:
– Urgências médicas
– Covid-19
– Cobertura odontológica e hospitalar
– Repatriação e extravio de bagagem
6. Guarde backups digitais
Digitalize e salve em nuvem:
– Passaporte
– Visto
– Seguro viagem
– Endereços úteis
– Contato de emergência
7. Lembre-se: turista não pode trabalhar nem estudar formalmente
Atividades como estudo com certificação ou qualquer tipo de trabalho (mesmo online para o Brasil) podem ser mal interpretadas e gerar deportação.
8. Precisa ficar mais do que foi autorizado? Solicite extensão
Você pode solicitar prorrogação de estadia nos EUA com o formulário I-539, mas deve fazer isso com pelo menos 45 dias de antecedência e com uma boa justificativa.
Resumo: O que fazer para uma estadia segura acima de 30 dias
✅ Visto e passaporte válidos
✅ Documentos de retorno e vínculo com o Brasil
✅ Registro consular ou junto ao USCIS (se necessário)
✅ Seguro viagem
✅ Evitar qualquer atividade fora do escopo turístico
✅ Solicitar extensão legal, se for o caso
Quer viajar com segurança e tranquilidade?
Na PatVGO, ajudamos brasileiros a planejarem sua viagem com foco em:
✔️ Documentação de apoio
✔️ Registro de estrangeiro (DHS/USCIS)
✔️ Visto, renovação e orientação consular
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